"Na Antiguidade, o anasyrma – gesto de erguer a túnica ou saias para expor os órgãos genitais – tinha sobretudo uma função apotropaica, ou seja, de afastar o mal. A exposição considerada chocante servia para proteger indivíduos e espaços contra o mau-olhado, espíritos malignos e adversidades. Esse ritual simbolizava também fertilidade e poder regenerador, sendo praticado em cerimônias de purificação e celebrações religiosas para garantir a segurança coletiva e o equilíbrio entre as forças visíveis e invisíveis."